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Exposição "Eduardo T. Coelho. Dos Açores para o Resto do Mundo"

  • Exposições/Exhibitions
  • Galeria do IAC
  • 2020-02-29 até 2020-05-29 às 18:00

Mais de cem anos depois Eduardo Teixeira Coelho regressa à sua terra natal, pela mão do Instituto Açoriano de Cultura. Com uma exposição representativa do seu trabalho de excelência na Banda Desenhada, com mostra de alguns originais de uma coleção particular da ilha Terceira. Recorde-se que foi autor de mais de 80 livros, 52 dos quais de BD. Esta é, de facto, uma exposição a não perder. A inauguração terá lugar no dia 29 de fevereiro, pelas 18h00, na galeria do IAC. O título é todo um programa: “Eduardo T. Coelho [ETC] dos Açores para o resto do mundo”.

Eduardo Teixeira Coelho nasceu em Angra do Heroísmo a 4 de janeiro de 1919, numa família com origens Inglesas e islandesas. Fez a instrução primária na Horta e, com 11 anos, partiu para Lisboa, para se alistar nos Pupilos do Exército.

Em 1936, publicou o seu primeiro trabalho no jornal humorístico «Sempre Fixe». Em 1941, colaborou na revista «Foco» e, no início do ano seguinte, publicou ilustrações num jornal infantil, «O Senhor Doutor». Um autor precoce e cheio de qualidades, cuja arte apurou na Agência de Publicidade Joaquim J. Leite, onde trabalhou em anúncios, cartazes e ilustrações. Precisamente pela mão do diretor dessa Agência entrou para «O Mosquito», em junho de 1942. Uma semana depois, passou a colaborar na revista «Aventuras» das «Edições O Mosquito». Em agosto desse ano era lançada a revista «Engenhocas e Coisas Práticas», praticamente toda desenhada por E.T. Coelho. Pela mesma altura colaborou na revista «Filmagem», também das «Edições O Mosquito», em cujo jornal iniciou, pouco depois, uma brilhante carreira.

Teve formação artística na Sociedade Nacional de Belas Artes, que desenvolveu autodidaticamente, desenhando com modelo vivo, técnica pouco usual em Portugal, para as histórias em quadrinhos. E que desenvolveu, também, no Jardim Zoológico de Lisboa e no Quartel Lanceiros 2, onde permaneceu horas sem fim a desenhar animais selvagens e cavalos. Grande conhecedor da anatomia humana e animal, criou uma escola que influenciou toda a sua geração, como por exemplo Jayme Cortez que, em 1947, emigrou para o Brasil, levando o método do Mestre, e José Ruy, que trabalhava no jornal «O Mosquito», entre outros.

Em 1947, foi convidado por José Leitão de Barros para colaborar no Cortejo Histórico de Lisboa onde, além dos desenhos para os trajes de centenas de figurantes, esculpiu o conjunto «São Jorge e o Dragão», e dois elefantes asiáticos, transmutados para grandes dimensões. Tornou-se, então, colaborador regular de Leitão de Barros, prolífero artista, nos seus filmes e no projeto de uma nau do século XVI que deveria cruzar os Oceanos levando em amostra os produtos essenciais portugueses. Nau que se afundou numa tempestade, no rio Tejo.

Simultaneamente com a colaboração em «O Mosquito», desenhou para o jornal «Chicos», em Espanha, onde evidencia a qualidade do seu traço. Na década de 1950, adaptou para quadrinhos o romance «Os Doze de Inglaterra», de Campos Júnior, escritor natural de Angra do Heroísmo. O estudo aturado que fez, para essa obra, das armaduras e armas brancas, entusiasmou-o a dedicar-se, mais tarde, a essa faceta, que o guindou a consultor de Museus em França e Itália.

Em 1954, com a suspensão da publicação de «O Mosquito», partiu para França, a colaborar em efetivo na revista «Vaillant», tendo ficado uns meses em Espanha onde ainda deixou muita colaboração no jornal «Chicos». Esteve dois anos a trabalhar em Inglaterra e radicou-se a seguir em Itália, de onde enviava colaboração que mantinha no «Vaillant» e «Pif Gadget». Colaborou ainda em várias obras de caráter histórico, em França, que também foram editadas em Portugal.

Em 1973, no prestigiado Festival de Banda Desenhada de Luca, em Itália, foi-lhe atribuído o troféu «Yellow Kid», para o melhor desenhador estrangeiro.

Em 31 de maio de 2005, em Florença, partiu para a eterna viagem.

A maior parte do seu acervo, cinco mil pranchas e estudos, foi doado pelo autor à Bedeteca da Amadora. O Museu de BD em Beja possui algumas centenas de originais seus.

 

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