As Jornadas Europeias do Património são uma iniciativa conjunta do Conselho da Europa e da Comissão Europeia desde 1999. Visam sensibilizar os cidadãos europeus para o valor do património comum e para a necessidade de o preservar para as gerações atuais e futuras. “Rotas, Redes e Conexões” é o tema deste ano.

Nesse âmbito, o Museu do Pico pretende comemorar este acontecimento, no próximo dia 22 de setembro, pelas 21h00, no Museu da Indústria Baleeira, em São Roque do Pico, com a inauguração da exposição de pintura “O Lugar dos Faróis”, de António José Ervedeiro, que estará presente.    

A sessão contará com a presença do Capitão do Porto da Horta, Capitão-de-Fragata Amílcar Gomes Braz e de dois faroleiros aposentados, da ilha do Pico, José Ermelindo da Silva e Manuel Urbano Machado, que farão uma comunicação sobre os faróis.

O Comandante Amílcar Gomes Braz nasceu na freguesia de Barco, no concelho da Covilhã, a 02 de março de 1979.

Ingressou na Escola Naval em outubro de 1999, tendo concluído em 2004 a licenciatura em Ciências Militares Navais, Classe de Marinha, especializou-se em Submarinos em 2006 e durante mais de 10 anos fez parte das guarnições dos submarinos da 4ª e 5ª Esquadrilhas.

De 2018 a 2021 desempenhou funções no Comando Conjunto para as Operações Militares como Oficial Adjunto para o planeamento, e de agosto de 2021 a março de 2023, regressou à Esquadrilha de Submarinos como Diretor Técnico-pedagógico do Centro de Instrução de Submarinos e formador nas áreas de operações, acústica e navegação submarina.

De março a julho de 2023, frequentou o Curso de Aperfeiçoamento em Autoridade Marítima, na Escola de Autoridade Marítima, assumiu em 31 de julho de 2023, o cargo de Comandante Local de Polícia Marítima e Capitão do Porto, da Horta e de Santa Cruz das Flores, cargos que ocupa atualmente.

José Ermelindo da Silva nasceu na freguesia das Ribeiras, em 1953. Foi faroleiro durante 32 anos, tendo prestado serviço em diversos faróis dos Açores.

Manuel Urbano Machado nasceu na freguesia de São Mateus, em 1948. Foi faroleiro durante cerca de 29 anos. Prestou serviço em vários faróis dos Açores.

António José Ervedeiro nasceu em maio de 1956, em Freixo de Numão, concelho de Vila Nova de Foz-Côa, distrito da Guarda.

Licenciou-se em Psicologia Clínica e durante os anos 70 realizou os seus primeiros esboços.

Membro da Associação de Artes Plásticas de Cascais, em 1990 integrou o grupo VIRAGEM, com o qual participou em três exposições coletivas, na galeria em Cascais.

Em 1990 fez parte do 1.º Concurso Nacional de Pintores de Domingo, Sociedade Nacional de Belas Artes em Lisboa.

Participou em diversas exposições individuais.

Sempre sentiu os faróis como atração, beleza e imponência, edifícios que se erguem, majestosos, na paisagem que guardam. Votados ao desconhecimento numa era de georreferência, o autor desafia o público a relembrá-los através desta coleção de pinturas em guache e aguarela.

Na Região Autónoma dos Açores, este artista já expôs no Museu de Santa Maria, Museu da Graciosa e Biblioteca Pública e Arquivo Regional João José da Graça, na Horta.

A sessão terá o seu início pelas 21h00, com entrada gratuita.