A ilha de Francisco de Lacerda,
José Bettencourt da Câmara
O mês de março, como "mês do Pai", oferece uma oportunidade única para refletir sobre a importância da figura paterna e as tradições que ela carrega, incluindo valores de cuidado, elegância e dedicação à família. Ao explorar a história de Francisco de Lacerda e o seu legado, o Museu Francisco de Lacerda torna-se um espaço simbólico que nos conecta a esses valores, ao mesmo tempo que preserva o património cultural associado à sua vida e obra.
Esta é uma oportunidade para destacar o espólio com valor simbólico e cultural do Museu Francisco de Lacerda, nomeadamente com a peça do mês, a caixa de gravatas.
Por que o livro A Ilha de Francisco de Lacerda? Porque é este o patrono do Museu, mantendo-se a sua nomenclatura. O livro de José Bettencourt da Câmara não pretende fazer uma descrição exaustiva da história do maestro, mas sim relacionar o seu espírito, a sua personalidade e o seu amor pela sua terra natal, a Ilha de São Jorge.
A ilha, um lugar remoto e isolado, desempenhou um papel fundamental na vida de Lacerda. A sua relação com a natureza, as fajãs (em particular a Fajã da Fragueira), e as vivências que marcaram a sua infância e juventude tiveram uma influência direta na sua educação musical. A sua formação não foi apenas académica, mas também moldada pelas paisagens e pela cultura local. A experiência de viver num lugar pequeno e isolado, longe dos grandes centros culturais da época, foi o ponto de partida para um percurso que o levou a sair da ilha, a viajar para a Europa, particularmente para Paris, e a inserir-se no mundo.