A Biblioteca Pública e Arquivo Regional Luís da Silva Ribeiro promove, no âmbito da exposição “25 de Novembro, entre a Revolução e a Democracia”, uma sessão sobre o “Verão Quente de 75”, no próximo dia 22 de outubro, pelas 18h30, no auditório da biblioteca.
Com a moderação do jornalista Armando Mendes, teremos à conversa o jornalista Miguel Carvalho (autor da obra Quando Portugal ardeu) e Francisco Maduro-Dias para nos darem uma panorâmica dos acontecimentos no Continente e nos Açores, neste período conturbado.
O país passou por um período de agitação política e social e por uma crise económica, que quase levou à guerra civil: manifestações, ocupações de casas, terras e fábricas, ataques a sedes de partidos e colocação de bombas foram algumas das ações que caracterizaram a violência que se fez sentir durante o “Verão Quente de 75".
Os Açores não foram poupados a esta agitação. A região estava empobrecida. Os vários sectores de atividade enfrentavam dificuldades com os custos dos transportes, das matérias-primas, o aumento dos salários e da inflação. Por outro lado, a lavoura, sector principal da economia açoriana, debatia-se com o baixo preço do leite, o elevado custo dos adubos, do combustível e das elevadas taxas de juro. O jornal terceirense O Trabalhador dava conta das lutas dos trabalhadores.
Mais tarde, o surgimento da FLA (Frente de Libertação dos Açores) dá origem a atos de grande violência no arquipélago.