[N. Trancoso (distrito de Bragança), 21.6.1842 ? m. ibidem, 27.7.1911] Comandante militar dos Açores. Assentou praça como voluntário no Batalhão de Caçadores 5, em 1861, frequentando o Real Colégio Militar onde acabou o curso da arma de cavalaria. Sucessivamente promovido a alferes, em 1865; tenente, em 1867; capitão, em 1874; major, em 1885; tenente-coronel, em 1888; coronel, em 1892; general de brigada, em 1900. Reformado em 1908.
Serviu em vários regimentos de cavalaria (3, 7 e 10) e foi 2.o comandante do Batalhão n.o 2 da Guarda Fiscal, em Coimbra, em 1888 e comandou o regimento de cavalaria n.o 8 e o regimento do Príncipe Real, na Beira Baixa.
Como general de brigada, comandou a 2.a brigada de cavalaria, em Elvas, em 1902. Foi nomeado, por decreto de 21 de Outubro de 1903, governador do castelo de S. João Baptista e comandante militar dos Açores até ser exonerado, por decreto de 6 de Setembro de 1906, passando a governador da praça de Elvas até se reformar.
Foi comendador (1891) e grande oficial (1902) da Ordem de Aviz.
A sua nomeação para o castelo de Angra, lugar sempre pouco desejado pelos militares do continente, foi considerada, na época, vingança política, na sequência da sua eleição para deputado pelo partido progressista pelo círculo de Trancoso como independente, em 1900. J. G. Reis Leite
Bibl. Arquivo Histórico Militar (Lisboa), caixa 1197. Notícia necrológia in Diário Ilustrado. 20.11.1913.