O Museu do Pico promove no próximo dia 29 de novembro, sexta-feira, no auditório do Museu dos Baleeiros, o filme O Feiticeiro da Calheta, de Luís Miguel Jardim.
Trata-se de uma obra de cariz vincadamente fictício, embora nela sejam narrados alguns factos próximos de uma realidade vivenciada por João Gomes de Sousa, conhecido como o Feiticeiro da Calheta: um poeta distinto e autor da génese da letra do Bailinho da Madeira.
Este trabalho cinematográfico procura retratar, com finalidades marcadamente pedagógicas, as vivências e os costumes das gentes da ilha da Madeira nos anos 30 e 50 do século passado, com especial destaque para O Feiticeiro da Calheta, uma figura ilustre, um poeta analfabeto, acarinhado e muito reconhecido pelo povo da Calheta. Este é o retrato de um homem notável, distinto, que moveu massas, animou arraiais e que relata, de uma forma sublime, os acontecimentos importantes da época ao nível local, regional e internacional.
O regime de colónia que marcou profundamente a história da Madeira, alicerçado numa relação injusta e desequilibrada entre senhorios e colonos, a intriga social, as profissões da época, as raízes culturais de um povo, os grupos folclóricos, são algumas das temáticas apresentadas neste filme, que conta com a participação especial de Alberto João Jardim, Irineu Barreto, Nini Andrade Silva e João Carlos Abreu.
Este é um trabalho que envolveu, entre atores, figuração e equipa técnica, mais de 400 pessoas, e tem a particularidade de contar com uma banda sonora inteiramente original, a cargo do compositor madeirense João Augusto Abreu.
O filme terá início pelas 21h00, com entrada livre.