Está patente, desde 29 de setembro, no Museu dos Baleeiros, nas Lajes do Pico, a exposição Arte Baleeira – uma imagem genial dos Açores no Mundo.
O artesanato baleeiro, entendido como expressão artística, com dimensão estética, mágico-simbólica, cultural e patrimonial, tem origens remotas e imprecisas no espaço e no tempo. O uso do marfim dos dentes e do osso mandibular dos cachalotes, para fins artísticos, ganha expressão mundial com a baleação itinerante e de longo curso, praticada nos séculos XVIII e XIX pelos navios fábrica (as baleeiras) ingleses e americanos.
Essa presença influenciou, no contexto da baleação costeira açoriana, dos finais do século XIX, princípios do século XX, a produção de um artesanato baleeiro de grande qualidade artística e estética nos Açores.
Na ilha do Pico, produziram-se, ao longo do século XX, objetos de culto, que fascinaram o mundo. Aqui ficam alguns dos nomes mais emblemáticos desta forma absolutamente singular de arte baleeira: Albino Alves, António Manuel Machado, António Vicente (Antoninho), Camilo Costa, Carlos José Ávila, Carlos Machado, Daniel Martiniano, Dimas Soares, Eduardo Sousa, Fátima Madruga, os Mestres Formigas, Francisco Moniz Barreto, Gualter Barreto, Luís Ribeiro, João Fernandes Leal (João Flores), João Soares, José Eduardo Silva, José Morais, José Barreto, Manuel Alves Gonçalves, Manuel Daniel Fagundes (Nelinho), Manuel Vieira Soares, Manuel da Rosa Quaresma (Importante), Osvaldo Inácio, Rodolfo Alfarrobeira.
A exposição Arte baleeira - uma imagem genial dos Açores no Mundo, concebida a partir das coleções do Museu do Pico - Coleção Miguel Socorro e Coleção Francisco Pessanha – é uma homenagem ao artesanato baleeiro açoriano e aos seus autores.
A exposição poderá ser visitada no horário normal de funcionamento do Museu, de terça a domingo, das 09h30 às 17h00.