Pantónio inaugura a exposição Vento no próximo dia 24 de janeiro, pelas 18h30, na galeria do IAC.
Integrada no Isto é Arte!, a exposição “Vento” traz-nos novos trabalhos de Pantónio, nome artístico de António Correia, natural da ilha Terceira, que tem corrido mundo, com intervenções públicas em países como a China, Rússia, Canadá, Estados Unidos da América, Brasil, Marrocos, Tunísia, França, Suécia, Polónia, Ucrânia, Itália, Espanha e Portugal e que é representado, em Paris, pela Galeria Itinerrance e, em Montreal, pela Galeria Station16, o que dá bem a ideia da projeção e da relevância do seu trabalho.
Um trabalho original que o público da sua ilha natal poderá apreciar na galeria do Instituto Açoriano de Cultura, até ao dia 12 março. Num singular texto, que acompanha o catálogo, Rute Barbedo diz-nos que “Enquanto Pantónio desenha, é o vento; e enquanto vemos Pantónios ventilamos.” E assim, entre pintura e desenho, o espaço e os lugares insulares, comparecem, transfigurados na obra que agora se expõe. “O mar e o ar estão à mesma temperatura, convivendo pacificamente.” E abrindo reflexões sobre o espaço público. Assim, “é numa tela escura que Pantónio começa a soprar o vento, sobre uma escada de formas, de linhas que se transformam numa floresta louca às turras com o tempo. As sardinhas de Safim, a trepadeira que escapa dos sapatos de trabalhadores de Montreal, os pássaros de Paris, as baleias de Roma ou as raias da Califórnia começam com traços impossíveis, ilusoriamente abstractos, rasgados no vazio escuro. E o presente azul como o branco, não é cor mas luz. Um edifício de massas em que não podemos tocar. Também na Grécia (como noutras civilizações antigas), o azul não era visto como uma cor.”