O manto é um traje característico da mulher terceirense, com evidencias de também ter sido usado nas ilhas de São Miguel, São Jorge e Graciosa, em alternativa ao capote.
Existem registos dos mantos terem existido desde o século XVI até meados do século XX. Atendendo à qualidade do tecido e ao preço de confeção os mantos refletiam
o elevado estatuto social. Estes, que eram passados para as gerações seguintes, constavam frequentemente nos testamentos e serviam toda a família.
Esta peça emblemática, que devido à cor negra, dava à cidade um aspeto sombrio, figura em 1927, no primeiro filme dos açores, Documentário Terceirense, de António Luís Lourenço Costa. Caiu em desuso e transformou-se numa curiosidade histórica, divulgada por grupos etnográficos e folclóricos, ou em recordações adquiridas por turistas.
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