A divisão de Arquivo, da Biblioteca Pública e Arquivo Regional Luís da Silva Ribeiro, preparou uma mostra do “documento do mês” que retrata a baleação e atividade marítima na ilha Graciosa, entre os anos de 1882 a 1983. Os documentos do passado, para parafrasear a expressão de Françoise Choay, guardam memórias, o que torna importante o uso que fazemos deles e de que forma contribuímos para a sua preservação
A salvaguarda e proteção do património das nossas memórias e, em último caso, da nossa identidade, faz parte da missão de um Arquivo Histórico, pelo que manter e preservar a informação que representa de uma forma ou de outra, o modo de vida dos Açorianos, como foi a caça à baleia, que durante décadas ou mesmo mais de um século fez parte de toda uma comunidade, que assentou a sua sobrevivência numa atividade que para além de ser economicamente lucrativa, é também demonstrativa do carácter das gentes que a ela se dedicava.
Através do seu espólio é possível reproduzir o dia a dia das armações baleeiras açorianas ativas na época, com a leitura da sua documentação, nomeadamente, livros de atas, correspondência, contratos de trabalho, planos de canoas baleeiras, matrícula de embarcações e de materiais, arriamentos, capturas, editais, estatísticas, documentos de despesa, listas de embarcações e algumas publicações do Ministério da Marinha.