Pela primeira vez, os oito museus públicos da Região Autónoma dos Açores reúnem-se numa exposição conjunta, em colaboração com o Ecomuseu do Corvo e com a comunidade corvina, para construir um retrato insular do ciclo tradicional da lã – da tosquia ao lar.
Durante séculos, a lã foi um pilar da economia doméstica e da coesão social nas ilhas. Esta exposição participativa recorda os gestos, as ferramentas, os saberes e as histórias que fizeram da lã muito mais do que um recurso: um símbolo de sobrevivência, entreajuda e identidade.
A exposição será inaugurada na sexta-feira, 1 de agosto, às 17h45, no edifício Multiusos do Corvo, e estará patente até 31 de setembro de 2025, no seguinte horário: de segunda a sexta-feira, das 10h00 às 12h30 e das 14h00 às 16h30.
A mostra reúne peças etnográficas dos oito museus dos Açores, do Ecomuseu do Corvo e objetos cedidos, temporariamente, pela comunidade do Corvo – colchas, camisoulas, camurças, camisolas, barretes, cardas, fusos, sarilhos e outros fragmentos de um tempo em que a lã fazia parte de todos os lares.
O percurso expositivo alia tradição e inovação: com conteúdos bilingues (português-inglês), acessíveis por QR code, pensados para um público atento, curioso e emocionalmente ligado à história da sua terra.
Esta exposição é um elogio ao labor invisível e uma homenagem às mãos que fiaram, teceram e transmitiram saberes entre gerações.
“Isto bem pensado faz chorar pedras”, disse Alfredo Emílio.
Que esta mostra faça sentir, lembrar e entrelaçar os fios que ainda nos ligam ao que fomos.
Entrada livre. Toda a comunidade está convidada.