[N. Ponta Delgada, 11.7.1890 ? m. Saint-Michel, França, 25.8.1955] Era filho do coronel António Germano Serrão dos *Reis, seguindo a carreira militar tal como o pai. Assentou praça a 29 de Julho de 1909 e foi sucessivamente promovido a alferes, em 1912; tenente, em 1916; capitão, em 1918; major, em 1938; tenente-coronel, em 1942; coronel, em 1945; brigadeiro, em 1949. Passou à reserva em 1952.
Fez a sua carreira militar principalmente nos Açores e nas colónias. Como alferes e tenente serviu no Regimento de Infantaria 26, em Ponta Delgada, e como capitão no Regimento de Infantaria 25, em Angra do Heroísmo, quando casou com D. Maria Adelaide Nunes da Costa.
Em 1915 fez parte da expedição a Angola, Moçamedes, e em 1920 serviu em Macau, na polícia, até 1923, para entre 1926 e 1932 servir em Moçambique, onde foi colocado nas forças policiais da Companhia de Moçambique e comandou a Polícia Civil da Beira.
Em 1933, regressou aos Açores onde esteve colocado primeiramente no Batalhão Independente de Infantaria, em Ponta Delgada, e depois, entre 1934 e 1939, no Batalhão Independente de Infantaria 23, em Angra do Heroísmo, que comandou em 1934-1935.
Como tenente-coronel, em 1942, foi 2.º comandante do Regimento de Infantaria 15, em Tomar, que comandou como coronel a partir de 1945.
Por portaria de 6 de Agosto de 1948 foi nomeado governador militar dos Açores, cargo que exerceu até 11 de Agosto de 1952 quando passou à reserva. A ele se deve a compra do solar de Santa Catarina, em Ponta Delgada, sede do quartel-general do Comando Militar dos Açores desde 1939, para instalação da residência oficial dos governadores militares.
Morreu num desastre de viação, em França, em 1955. Era na ocasião Presidente da Direcção da Sociedade Nacional do Fomento Imobiliário, que assumira em 1953.
Recebeu as seguintes condecorações: medalha de prata das campanhas do Exército Português, com legenda Angola (1914-1915); medalha militar de prata (1919) e de ouro (1940), comportamento exemplar; medalha da Vitória; cavaleiro (1922), oficial (1923), comendador (1941) e grande oficial (1945) da Ordem de Avis; medalha da dedicação, classe de ouro da Legião Portuguesa (1939), medalha de mérito militar (1946)
Foi durante a sua estada em Angra um entusiasta e um dos pilares do estabelecimento de estrutura política do Estado Novo, tendo presidido à Comissão Administrativa da Junta Geral entre 27 de Junho de 1933 e 15 de Setembro de 1934. Ocupou também o cargo de oficial censor. José Guilherme Reis Leite
Fonte. Arquivo Histórico Militar (Lisboa), cx. 1744 e 3166. Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Angra do Heroísmo, Arquivo da Junta Geral, livro de actas, n.º 20, fls. 1v-4v; n.º 23, fl. 24.
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