[N. Lisboa, 19.4.1718 - m. ?] Foi do Conselho de D. José I (1750-77) e hereditariamente seu mestre-sala. Senhor de Pombalinho e do Reguengo de Lagares de El-Rei, comendador da Ordem de Cristo, alcaide-mor de Proença-a-Velha. Em 1766 foi nomeado 1.º governador e capitão-geral dos Açores, encarregado de montar a estrutura do novo governo, que em 2 de Agosto desse ano havia sido decidido estabelecer no arquipélago, agora transformado numa Capitania-Geral com sede em Angra. Chegou a essa cidade a 28 de Setembro, mantendo-se no cargo, apesar da sua relutância, até 1774. A sua acção não foi facilitada pelas circunstâncias sociais e económicas das ilhas, mas desenvolveu-a com relativa paz e pode-se dizer que ao terminar o mandato tinha cumprido o essencial da nova administração. A sua acção política valeu-lhe contudo a reprovação pública, acusado em portaria de exorbitar da autoridade que lhe havia sido conferida, ao invadir a esfera judicial. J. G. Reis Leite (Set.1996)
Bibl. Drummond, F. F. (1981), Anais da Ilha Terceira. 2.ª ed., Angra do Heroísmo, Secretaria Regional de Educação e Cultura, III: 1 e segs. Leite, J. G. R. (ed.) (1988), O Códice 529 - Açores, do Arquivo Histórico Ultramarino. A Capitania-Geral dos Açores durante o Consulado Pombalino. Angra do Heroísmo, Secretaria Regional de Educação e Cultura / Universidade dos Açores. Maia, F. A. M. F. (1988), Capitães-Generais (1766-1831). 2.ª ed., Ponta Delgada, Instituto Cultural de Ponta Delgada: 11-30. Mendes, A. M. O. O. (1971), Compilação e anotações às cartas e ofícios remetidos pelo primeiro capitão general, D. Antão de Almada, ao conde de Oeiras, a Francisco Xavier e Mendonça Furtado e a Martinho de Melo e Castro e que se acham no Arquivo Histórico Ultramarino e no Arquivo Nacional da Torre do Tombo. Arquivo Açoriano, Coimbra, XVI: 19-41, 69-85, 101-121. Meneses, A. F. (1993), Os Açores nas Encruzilhadas de Setecentos. Ponta Delgada, Universidade dos Açores, I: 321 e segs.