[N. Ponta Delgada, 24.4.1890 ? m. Lisboa, 7.2.1961] Diplomata e poeta. Estudou no liceu da sua cidade natal e licenciou-se em Direito na Universidade de Coimbra. Seguiu a carreira diplomática exercendo funções consulares na China, no Brasil, no ex-Congo Belga e em Inglaterra.
Literariamente começou a distinguir-se ainda no liceu de Ponta Delgada com um grupo de colegas do qual faziam parte Armando *Cortes Rodrigues, Espínola de Mendonça, Armando Narciso, João H. *Anglin e Luciano Mont?Alverne de Sequeira. Com este último dirigiu a revista Homenagem, com um número único de 1908 e escreveu uma peça de teatro Auto da Vida, representada no liceu. Foi também jornalista com colaboração em jornais e revistas insulares e continentais, tendo em Macau sido director de O Combate.
Como poeta não aderiu ao modernismo que despontou em Portugal na sua juventude, mas manteve-se antes fiel ao parnasianismo e às regras do fim do século XIX. Reuniu a sua poesia num livro que publicou em 1938 sob o pseudónimos de Jorge de Almeida e V. Piedade. J. G. Reis Leite
Obra. Livro d?Horas (1938). Lisboa, Liv. Bertrand.
Bibl. Carvalho, R. G. (1979), Antologia Poética dos Açores. Angra do Heroísmo, Secretaria Regional da Educação e Cultura, I: 348. Dicionário Cronológico de Autores Portugueses (1994). Lisboa, Publ. Europa-América, III: 404.