A Biblioteca Pública e Arquivo Regional Luís da Silva Ribeiro promove a palestra "Além da escrita… As tintas: como se escrevia no passado", no dia 30 de maio pelas 18h00.
Sob a orientação de Anahí Meyer Riera e João Félix, será abordada a escrita como gesto físico que consiste em traçar signos ou grafias, que são constituídas por meio da uma matéria gráfica: a tinta. Esta é uma substância mais ou menos fluida e apta para escrever, imprimir ou dar cor, constituindo assim um elemento fundamental para registar as ideias e o percurso do Homem no tempo.
O objetivo desta palestra é refletir sobre o estudo físico e químico, da composição e do uso das tintas na história, destacando a sua importância como elemento construtor da memória escrita que eterniza o passado. Centrar-se-á na composição das tintas, os tipos de tintas e o seu uso na história, focando especial relevância às tintas de carvão e ferrogálicas, por serem as mais utilizadas na história da escrita. Por se tratar de um tema muito extenso, focar-se-á na escrita caligráfica, sendo apenas levemente mencionadas as tintas impressas, que surgem com o aparecimento da imprensa.
Notas Biográficas:
Anahí Meyer Riera
Nascida em Palma de Maiorca (Espanha). Licenciada em História da Arte pela Universidade das Ilhas Baleares; graduada como Técnica Superior de Conservação e Restauro na Escola Superior de Conservação e Restauro de Bens Culturais da Catalunha, e Mestre com menção honorífica em Preservação da Arte Contemporânea, na especialidade de obra sobre papel, pela Universidade Complutense de Madrid.
Dedicada à preservação do património cultural, tem desenvolvido projetos em diversos países do continente europeu e americano, sendo que, desde 2011, se dedica principalmente à conservação de papel e do livro antigo.
De entre os seus últimos trabalhos, destaca-se a coordenação do Centro de Conservação e Restauro do Arquivo Histórico de Yucatán, e o cargo de responsável de conservação e restauro da Comissão de Arte Sacra da Arquidiocese de Yucatán, ambos no México.
Recentemente, colaborou na Biblioteca Pública e Arquivo Regional Luís da Silva Ribeiro, trabalhando na Oficina de Conservação e Restauro. Atualmente, é doutoranda da Universidade dos Açores, e bolseira do Fundo Regional da Ciência e Tecnologia.
João Félix Lima da Silva
João Félix é natural da ilha Terceira, onde nasceu em 1990. Neto do poeta Emanuel Félix, de quem recebeu um grande entusiasmo pela literatura, frequentou o curso de Línguas, Literaturas e Culturas, variante de Estudos Ingleses e Franceses, pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Após a licenciatura, em 2013, começou a trabalhar como estagiário na Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Angra do Heroísmo, hoje Biblioteca Pública e Arquivo Regional Luís da Silva Ribeiro, na qual exerce funções como técnico superior na Divisão de Arquivo da mesma instituição.