A riqueza do romanceiro e outras
tradições orais das Ilhas dos Açores
Agradecimentos
Este trabalho foi realizado nos Açores graças às facilidades concedidas pela Comissão Cultural Luso-Americana que dirige o programa Fulbright-Hays em Lisboa, embora, de princípio, se destinasse exclusivamente a ser efectuado no Continente. Estou especialmente agradecida à Comissão pela grande compreensão que manifestou em relação a este tipo de estudo e pelas gentis facilidades por parte do Dr. Carlos de Azevedo, secretário executivo; Maria Natália Sanches de Baena e Margarida Reis e Sousa, funcionárias daquela Comissão. Quero agradecer de maneira muito particular à fundação Fulbright-Hays pelo facto de me ter renovado a bolsa de estudo por mais nove meses, quando compreendeu que ainda havia uma grande riqueza da tradição oral nos Açores e que era muito importante fazer a recolha imediatamente e o mais completamente possível nesta altura, antes que tudo desapareça por causa da enorme emigração e da influência da vida moderna. Nesta ocasião gostaria de agradecer às pessoas que reviram este artigo de modo a que ele pudesse sair já nesta altura: ao Dr. João da Cruz Nunes (professor no Seminário Menor, Funchal) que, além de rever o artigo, me proporcionou a orientação inicial para toda a ilha da Madeira; ao Pe. Alfredo Vieira de Freitas (professor no Seminário Menor, Funchal) que tem compilada uma valiosíssima colecção de romances, acontecimentos locais, literatura de cordel, contos, lendas e cantigas provenientes de muitos lugares da Ilha da Madeira; ao Pe. Ernesto Fernandes de Freitas (Pároco e professor do Externato de S. Vicente, Madeira) que, além de rever o artigo minuciosamente, me orientou para a recolha em vários sítios do Vale de São Vicente; ao Mons. J. Machado Lourenço (professor no Seminário, Angra do Heroísmo), que com todo o seu entusiasmo pela documentação destas tradições, me deu a orientação inicial para a recolha na ilha Terceira, pedindo-me, antes de eu sair da ilha, que eu contribuísse com um artigo na "Atlântida" sobre a recolha feita nos Açores, o que deu origem a este resumo; ao Dr. Francisco Carreiro da Costa (Vice-Presidente da Comissão Reguladora dos Cereais em Ponta Delgada, São Miguel, cujos estudos sobre as tradições e costumes açorianos têm sido transmitidos pela Emissora de Ponta Delgada e publicados em jornais e revistas), que, além de rever este artigo, me ajudou com as suas importantes informações e referências, algumas das quais foram aproveitadas na preparação deste artigo; e ao Dr. Luís Felipe Lindley Cintra (Professor da Faculdade de Letras na Universidade de Lisboa) que, pelo seu entusiasmo pessoal na sua própria recolha em certas províncias, tem inspirado interesse na elaboração de várias dissertações linguísticas no Continente e nas Ilhas Adjacentes, que incluíssem materiais da tradição oral. Foi preciosa a colaboração do Dr. Samuel G. Armistead (Catedrático de Línguas Românicas na Un. de Pennsylvania) na orientação geral, estímulo e entusiasmo constante, desde as minhas primeiras tentativas na recolha da tradição oral na Califórnia entre os emigrantes açorianos e madeirenses até a todo o percurso nas próprias ilhas, à revisão deste artigo, à identificação dos temas; ofereceu-me os seus catálogos e bibliografia e permitiu-me ler partes da sua monografia em preparação: Judeo-Spanish Ballad Chapbooks of Yakob Abraham Yoná, feita em colaboração com o Dr. Joseph H. Silverman. Todo este projecto se deve em maneira especial ao Dr. Wayland D. Hand (Director de The Center for the Study of Comparative Folklore and Mythology na Universidade da Califórnia, Los Angeles), cujo oferecimento de facilidades em The Center... e cujo interesse e estímulo no início da minha recolha na Califórnia e durante a preparação da minha tese de Licenciatura: Portuguese Traditional Ballads from California, dirigida por Dr. Samuel G. Armistead e apresentada na Universidade de Califórnia, Los Angeles, teve um grande contributo em motivar a extensão desta recolha nas próprias ilhas, por meio do apoio e manutenção da bolsa Fulbright-Hays. Mas o resultado do trabalho é devido sobretudo a centenas de pessoas e à sua extraordinária colaboração em me oferecer transporte, em me ajudar a transportar as máquinas, em me guiar na procura das pessoas mais indicadas no campo, até em hospedar-me em toda a parte e contribuir pessoalmente com toda a riqueza transmitida oralmente de geração em geração.
PURCELL, Joanne B. "A riqueza do romanceiro e outras tradições orais nas ilhas dos Açores". Atlântida, vol. XIV, (1970), p. 223-252.
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